Qual o papel da terapia ocupacional no tratamento do autismo?
Para que exista um entendimento completo acerca do papel da terapia ocupacional no tratamento do autismo, é importante entendermos do que exatamente se trata essa condição.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento de um indivíduo em diversos aspectos da vida, como na comunicação, socialização e em seu comportamento.
Não se sabe sua origem, apesar de pesquisadores acreditarem que possui raízes genéticas. Porém hoje em dia é possível captar sinais em crianças, desde seus dois anos de idade, da presença dessa disfunção.
A seguir, você entenderá melhor, como que o terapeuta ocupacional atua para fortalecer o desenvolvimento social e comunicacional do indivíduo autista, em relação ao mundo que o cerca.
Pilares do desenvolvimento infantil
De uma coisa todos temos certeza, crianças aprendem muito interagindo com o mundo. Elas usam essas informações captadas através dos estímulos sensoriais, e sintetizam em conhecimentos primários que são primordiais para o seu desenvolvimento.
Portanto, é a partir dessa linha de raciocínio que a terapia ocupacional parte em busca de um restabelecimento na qualidade de vida e progressão positiva nas vivências de um paciente autista.
O objetivo central é ajudar essa pessoa a melhorar o seu bem-estar, seja na escola, ou em casa.
Para tanto, o terapeuta ocupacional se baseia em três pilares que norteiam o tratamento: AVD’s (Atividades da Vida Diária), atividades relacionadas ao trabalho escolar e o brincar.
O brincar, é um dos pontos centrais no estímulo da interação de pessoas com o espectro autista. Essas atividades são aplicadas de maneira que sejam introduzidas, mantidas e melhoradas habilidades que aos poucos vão garantindo maior independência ao paciente.
Habilidades que a terapia ocupacional ajuda a promover
A terapia ocupacional, através de uma lógica mais lúdica para envolver e instigar o paciente com espectro autista, é capaz de abarcar diversos fatores que englobam o dia a dia do indivíduo. Como por exemplo:
• Habilidades da vida diária, como o treinamento da toalete, vestir-se, escovar os dentes, pentear cabelos, calçar sapatos, e outras habilidades de preparação;
• Habilidades motoras finas necessárias para a realização de caligrafia ou cortar com uma tesoura;
• Habilidades motoras utilizadas para andar de bicicleta;
• O sentar adequado, percepção de competências, tais como dizer as diferenças entre cores, formas e tamanhos;
• Consciência corporal e sua relação com os outros;
• Habilidades visuais para leitura e escrita;
• Brincar funcional, resolução de problemas e habilidades sociais;
• Integração dos sentidos, realizado através da abordagem de integração sensorial com objetivo de diminuição de estereotipias.
Por meio dessa forma de abordagem, conseguimos auxiliar na evolução de um relacionamento mais saudável da pessoa autista com as pessoas que ela convive. Oferecendo a possibilidade de realizar atividades cotidianas de maneira mais autoconfiante e independente.
Já conhecia os benefícios da terapia ocupacional em casos de autismo? Então deixe sua experiência nos comentários!
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